O comportamento macroeconômico brasileiro e os impactos no mercado residencial na cidade de São Paulo

Nesse texto estão compiladas análises do comportamento macroeconômico brasileiro, envolvendo o final da década de 80 e percorrendo os anos da década de 90 até o primeiro semestre de 1999. Em paralelo à retrospectiva de caráter macroeconômico está configurado o desempenho do mercado residencial na cidade de São Paulo, no mesmo período. A partir de análises nas séries históricas geradas, procede-se à avaliação dos impactos de flutuações macroeconômicas e as quebras de desempenho setorial daí derivadas.Na análise aqui conduzida, o desempenho do mercado residencial na cidade de São Paulo está aferido com base nos indicadores velocidade de vendas e número de unidades ofertadas, ano a ano. Para a avaliação das flutuações macroeconômicas e o respectivo confronto com o desempenho do setor habitacional elegeu-se os seguintes indicadores: evolução do Produto Interno Bruto (PIB); evolução dos preços na economia nacional, através do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP - M) da Fundação Getúlio Vargas e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FIPE; evolução do custo do dinheiro na economia, através da taxas dos Certificados de Depósito Interbancários (CDI) e evolução das taxas de desocupação, sendo este o indicador oficial do Banco Central para o nível de desemprego na economia formal.Além disso, compõe este artigo uma análise do volume de contratos de financiamento firmados pelos provedores de funding institucionais do setor habitacional, no período considerado, e os reflexos no desempenho setorial.