Analysis of students' profiles who entered the Federal University of Minas Gerais utilizing the socio-racial bonus policy

Title in Portuguese: Análise do perfil dos alunos ingressantes na UFMG pela iniciativa do bônus sociorracial Abstract: This article aims to verify whether the profile of students at the Federal University of Minas Gerais (UFMG) was modified after the implementation of the socio-racial bonus policy. Between 2009 and 2012, university candidates who studied for at least seven years in a public school received a ten percent bonus on the total points obtained on the admission exams. For those who studied in public schools and declared themselves black or mixed-race, gained an additional bonus of five percent, totaling a fifteen percent bonus. This paper analyzes socioeconomic data collected between 2000 and 2010 at UFMG by the admission exam’s permanent review committee (“Comissão Permanente do Vestibular” – COPEVE). We tried to establish whether there was a significant increase in the admittance of students from public schools, taking into account social, economic and family characteristics, as well as the undergraduate programs targeted by the students. This study is important in the context of the implementation of the 2012 Federal Government quota law (Law # 12,711). Results indicate a change in the profile of entering students at the university. This shift occurred after the implementation of the bonus policy, which facilitated the entrance of students from adverse socioeconomic conditions (public schools and diverse racial background). This data suggests that the bonus policy generated the desired effect in the most popular undergraduate programs. Resumo: Este artigo teve por objetivo verificar se o perfil dos candidatos aprovados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi modificado após a implementação da política de bônus sociorracial. Nos vestibulares de 2009 a 2012, os inscritos que estudaram pelo menos os últimos sete anos em escola pública tiveram um bônus de 10% nos pontos totais obtidos. Para aqueles que estudaram em escola pública e que se autodeclararam negros, houve um bônus adicional de 5%, totalizando 15%. Foi desenvolvida uma análise de dados socioeconômicos coletados nos vestibulares da universidade, entre 2000 e 2010, pela Comissão Permanente do Vestibular (COPEVE). Procurou-se perceber se houve aumento significativo de estudantes provenientes de escolas públicas, levando ainda em consideração informações sociais, econômicas, familiares e cursos de escolha dos vestibulandos. Essa é uma discussão importante de ser realizada no contexto de implementação da lei de cotas do Governo Federal (Lei nº 12.711) de 2012. Verificou-se uma mudança no perfil dos ingressantes na universidade. Percebe-se que essa mudança ocorreu após a implementação da política de bônus, a qual facilitou a entrada de estudantes de condições socioeconômicas desfavoráveis na instituição. Esses são indicativos de que a política de bônus ocasionou o efeito desejado nos cursos mais concorridos, ao democratizar o acesso pelo vestibular.