Contas Nacionais de Portugal em 2018. Medição das inter-relações institucionais nas operações de distribuição

Complementando o documento de trabalho com o mesmo título - Contas Nacionais de Portugal em 2018 - e subtítulo “Contas económicas integradas, representações matriciais e extensões” (Santos, 2022), a medição das inter-relações institucionais nas operações de distribuição é agora explorada com mais detalhe, com vista a facilitar e melhorar a construção e alargamento das representações matriciais. Para os seis grupos de setores institucionais, identificados pelo Sistema de Contas Nacionais, partindo dos totais publicados das contas correntes e de capital, organizados na forma de contas económicas integradas, as nove categorias de operações de distribuição (desagregadas ao segundo nível) são analisadas individualmente e exploradas a possibilidades de preenchimento de matrizes de-quem-aquem. Uma vez que os recursos de uns são os empregos, ou utilizações, de outros, mostrar-se-á como informação sobre a origem dos recursos (de-quem) ou o destino dos empregos (a-quem) poderá completar o preenchimento daquelas matrizes. Tal como os quadros de recursos e utilizações para as relações entre ramos de atividade nas operações sobre produtos, quadros com a origem dos recursos ou o destino dos empregos das operações de distribuição podem ter uma contribuição relevante para a medição de inter-relações institucionais. Dar-se-ia, assim, mais um passo para a possibilidade de termos desagregações mais credíveis de matrizes derivadas das contas nacionais (por exemplo, matrizes de contabilidade nacional/social), de inegável utilidade na medição e modelização da atividade económica dos países.