Cacau e suas múltiplas identidades: uma revisão integrativa

O cacau é conhecido mundialmente e há muitos anos vem sendo utilizados para diversos fins. Na antiguidade ele já servia de alimento e, além disso, o fruto também já foi utilizado como moeda de troca, como bebida para aliviar o cansaço e até como forma de sobrevivência e transcendência. No Brasil, o fruto ganhou destaque na Bahia, onde ocorreu um grande fluxo migratório de pessoas interessadas em trabalhar nas lavouras de cacau. Assim novas classes sociais surgiram no estado, juntamente com uma série de problemas de ordem econômica e social. Além disso, após um período de ascensão do fruto, houve um declínio na produção das fazendas na década de 90, isso devido à doença Vassoura-de-Bruxa que atingiu as lavouras. Atualmente, as fazendas de cacau estão se reinventando e investindo em tecnologias e ações para controlar os efeitos da doença. Além disso, também é notório o crescimento das atividades turísticas nas fazendas de cacau, principalmente quando falamos da Bahia e da sua Costa do Cacau. Para analisar o cenário do cacau e da gastronomia, é preciso conhecer sobre suas três variedades mais populares: Criollo, Forastero e Trinitário. Cada variedade dessa possui características específicas que irão influenciar nos aromas e sabores dos seus futuros chocolates. Com relação à indústria do produto, deve-se considerar algumas etapas importantes na produção dos chocolates, que são: mistura, refinação, conchagem, tempero e moldação. Tais etapas são extremamente necessárias para garantir um produto final com qualidade e com tempo de prateleira adequado. Esta pesquisa foi feita via revisão bibliográfica integrativa, onde foram utilizadas as bases de dados SCIELO, Portal de Periódicos CAPES, BDTD e Google acadêmico. Além disso, também foram utilizados documentos da UNESCO, CEPLAC e do Instituto Cabruca, bem como livros nacionais e internacionais que abordam a temática cacau. Ao final desse estudo foi possível perceber a relação antropológica existente entre o cacau e os indivíduos que dependem dele, relação essa que surgiu na antiguidade e perdura até os dias atuais. Além disso, também foi possível notar que muitas pessoas estão descobrindo novas formas de se sustentar através das atividades turísticas paralelas geradas pelo cultivo do fruto.