O complexo químico brasileiro nas cadeias globais de valor: um estudo empírico de especiali-zação vertical do período 2000-2013

O objetivo do presente estudo foi identificar o grau de participação do complexo químico brasileiro nas CGVs e analisar sua trajetória, no período 2000-2013, através do cálculo do índice de especialização vertical de Hummels et al. (2001) e da análise de variáveis econômicas do complexo. Os resultados demonstraram que, durante o período analisado, o complexo químico brasileiro apresentou baixo índice de especialização vertical. Entretanto, analisando a trajetória do indicador, nota-se que há um crescimento a partir de 2006, indicando que o complexo estaria se tornando mais integrado às CGVs. Os setores Refino de petróleo e coquerias e Fabricação de químicos orgânicos e inorgânicos foram os que mais utilizaram insumos importados em sua produção, entretanto, o setor que apresentou maior volume de exportações foi o de Extração de petróleo e gás. O que indica que a inserção do complexo químico brasileiro nas CGVs tem ocorrido, principalmente, através de encadeamento para frente, ocupando a posição de fornecedor de insumos de baixo valor agregado; ao passo que a importação de insumos de maior valor agregado visa a produção voltada sobretudo ao mercado interno.