Editorial

Cabe iniciar com o registro da satisfação da editoria pela repercussão positiva do número inaugural da RAC na comunidade acadêmica. O desenho gráfico limpo da capae a diagramação dos artigos, a página resumo e a qualidade dos trabalhos selecionados, todos foram pontos destacados de forma elogiosa pelos profissionais da academia, sabidamente um grupo exigente. No conjunto, considerou-se acertada a escolhado formato clássico de revista científica. Obviamente há espaço para melhorias e a política da editoria é de aperfeiçoamento constante, resguardada a concepção da RAC, razão pela qual sugestões dos leitores são sempre bem-vindas.Neste segundo número da RAC, seis trabalhos integram a seção artigos. O de Paulo Fernando Fleury e Rebecca Arkader trata das relações entre estratégia de manufatura e ambiente econômico com base em análise comparativa de empresas argentinas e brasileiras do setor metalmecânico. Antonio Moreira de Carvalho Neto aborda as novas formas de organização do setor de prestação de serviços públicos de telecomunicações por meio de pesquisa realizada em duas das quatro maiores empresas brasileiras. Suzana Braga Rodrigues se propõe entender a cultura corporativa a partir de suas ligações com a identidade individual em uma empresa de telecomunicações brasileira, sugerindo que cultura, poder e identidade estão intimamente relacionados no sentido de que cada uma destas relações necessariamente gera significados importantes uma para outras. Simone Ghisi Feuerschütter verifica que a cultura organizacional atuou como fonte de aceitação, enquanto as dependências de poder funcionaram como fontes de resistência à mudança estrutural implementada em organização pública do ramo de informática. Antonio Virgílio B. Bastos, Margarida G. A. Brandão e Ana Paula M. Pinho estudam o conceito de comprometimento expresso por servidores dequatro universidades federais, como ponto de partida para se rever os instrumentos padronizados já disponíveis para verificação dos limites do próprio conceito. José Carlos Zanelli, em sua pesquisa, procurou gerar informações consistentes, por meio de instrumentos e procedimentos orientados pelos referenciais das organizações de aprendizagem, para o estabelecimento de alternativas de intervenção que visam a transformar o grupo em equipe.Na seção documento o tema é Mestrado Profissional. Trata-se de tema atual e relevante para os programas de pós-graduação em administração, e a RAC contribui para a discussão mediante a publicação do trabalho da Comissão designada pela CAPES que resultou em proposta ao Conselho Superior da Instituição que, aprovada, deu origem à Portaria n. 47de 17 de outubro de 1995, reguladora da matéria. No contexto dos debates sobre mestrado profissional, o trabalho final a serrequerido dos estudantes é questão da maior importância, notadamente porque traz à tona diversos entendimentos a respeito. Para auxiliar as discussões que devem advir, a editoria selecionou o instigante artigo de Pedro Lincoln Mattos que trata especificamente da dissertação em mestrados profissionais. A expectativa é de reações da comunidade acadêmica à matéria, e a RAC desde já coloca à disposição dos interessados espaço para novas contribuições sobre o tema.Reiterando e ampliando o que se colocou na edição inaugural, aqui está o segundo número da RAC. À comunidade acadêmica cabe colaborar na sua difusão, tornando-a cada vez mais vigorosa.