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Cotidiano de uma escola de fornteira

Author

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  • Aline Josiane Acordi Mertz Peixoto
  • Valdir Gregory

Abstract

O espaço escolar representa o mundo recortado num espaço social em que a diversidade e as diferenças afloram. Este artigo que é parte integrante da dissertação de Mestrado: Identidade e Fronteiras: vivências e cotidiano em ambiente escolar do Foz do Iguaçu, e tem como objetivo demonstrar como se manifesta a diversidade cultural em uma escola de fronteira entre Brasil e Paraguai. Com o intuito de atingir os objetivos propostos, selecionaram-se os seguintes instrumentos de coleta dos dados: a) observação não participante; b) diário de campo; c) coleta documental; projeto político-pedagógico, histórico escolar dos alunos, atas de conselho de classe, d) entrevistas semiestruturadas com os sujeitos da pesquisa. Para tanto, realizou-se visitas a escola para coletar informações junto aos personagens deste espaço escolar, alunos, familiares, professores e equipe pedagógica, buscando dados desta vivência, tendo em vista o conhecimento da real situação do ensino no município quanto a esse atendimento. As escolas brasileiras, responsáveis por atender a essa diversidade cultural, apresentam características peculiares, encontram-se muito próximas da linha de fronteira, entre Brasil e Paraguai, atendem alunos provenientes do país vizinho, são escolas públicas e por isso atendem a um currículo e uma estrutura funcional padronizadas e pautadas na legislação educacional brasileira. Entretanto, ao adentrar a realidade da escola, verifica-se que as mesmas contam com muitos alunos paraguaios, muitos dos quais nem sabem falar o português. Mas, estando em sala de aula brasileira, recebem todo o ensiidnto dado aos alunos brasileiros. O fato de existir nas escolas um currículo padronizado apenas para atender as crianças brasileiras, exige que se reflita mais profundamente como isto se aplica na escola que vive uma multiculturalidade. A Escola em cidade de Fronteira adquire identidade e características próprias que podem ser evidenciadas quando comparadas e analisadas frente a outras instituições educacionais de outras localidades. São diferenças não no cerne de sua qualidade enquanto instituição educacional, mas têm relação com a cultura que a forma e se desenvolve ao seu redor, ou seja, estão ligadas à sua realidade. Em todos as relações humanas se encontra cultura, são as interferências pessoais, realizadas nos contextos sociais onde estão inseridos, é o que permeia as identidades nas vivências e contatos de relações da sociedade. Isto é visivelmente presenciado na escola de fronteira que recebe alunos estrangeiros, pois se trata de um espaço de interação humana, existe nas ações da escola, processos de constituição de identidade, de cultura e de conhecimento, que resultam na formulação da pessoa e de sua vivência social. Este artigo tem a intensão de despertar no leitor o olhar para a diversidade cultural vivida na escola na região em questão. O cotidiano escolar vivenciado nos dias de campo, e a convivência dentro da escola entre estabelecidos e recém-chegados, é reflexo ou talvez consequência do que ocorre na convivência nos demais espaços sociais da cidade de fronteira. O preconceito, as barreiras, as representações que cada uma faz de si e do outro, ocorrem da mesma forma dentro e fora do espaço escolar. Existe dificuldade dos professores em lidar com as situações em que outras culturas e línguas apareciam em sala. cotidiano escolar, me mostrou que pouco se faz em detrimento à valorização da diversidade cultural, as diferenças são invisibilizadas, como se numa tentativa de não destacar o que é diferente estaríamos tornando todos iguais.

Suggested Citation

  • Aline Josiane Acordi Mertz Peixoto & Valdir Gregory, 2019. "Cotidiano de uma escola de fornteira," Revista Caribeña de Ciencias Sociales, Servicios Académicos Intercontinentales SL, issue 2019-02, February.
  • Handle: RePEc:erv:rccsrc:y:2019:i:2019-02:49
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